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VOOS NO INTERIOR

Governo RO e Infraero assinam contrato para reformar aeroportos e retomar voos

Voos domésticos no interior estão suspensos desde o primeiro semestre. Reformas nas pistas serão feitas em até 30 dias

Publicado em 07/11/2020 às 01:20

Reformas serão feitas no aeroporto de Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná (Foto: Maelly Nunes/Rede Amazônica)

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) anunciou nesta sexta-feira (6) que fechou contrato com o governo de Rondônia para reformar três aeroportos do interior do estado. Os voos domésticos no interior estão suspensos desde o primeiro semestre.

Segundo a Infraero, a parceria prevê a execução de serviços especializados de medição de atrito e de macro textura nas pistas de pousos e decolagens, além da remoção de borracha na pista. O serviço será realizado nos aeroportos de Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná.

"Os serviços de medição de atrito e de macro textura são necessários para a verificação e o monitoramento do nível de aderência entre o pneu da aeronave e o pavimento de forma a garantir ainda mais segurança às operações aeroportuárias", afirma a Infraero.

Já a remoção de borracha, que é deixada pelas aeronaves no momento do pouso, é uma atividade de manutenção que visa garantir a melhor qualidade de operação na pista.

Ainda segundo a Infraero, as reformas nas pistas serão feitas em até 30 dias pela equipe da Superintendência de Gestão da Manutenção, seguindo os critérios de segurança operacional estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Retomada dos voos

O estado, através do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transporte de Rondônia (DER-RO), afirma estar trabalhando nas melhorias das reformas dos aeroportos para retomar os voos da Azul Linhas Aéreas.

Devido aos problemas estruturais nos aeroportos de Vilhena, Cacoal e Ji-Paraná, a companhia retirou todos os seus voos do interior (ainda no primeiro semestre).

O aeroporto Capital do Café, em Cacoal, tinha a situação mais crítica, incluindo buracos na pista de pouso e decolagem. Além disso, a companhia pede o pouso por instrumento. Isso porque o IFR foi instalado há vários meses, mas sua documentação não era validada.

Já em Vilhena, no Cone Sul, a principal queixa da Azul foi sobre a cerca aeroportuária, que tinha um buraco e animais podiam invadir a pista durante um pouso ou decolagem.

No aeroporto de Ji-Paraná, a empresa disse ser necessário fazer a desapropriação de um dos lados da pista do aeroporto para ser implementado o IFR, que permite o chamado voo por instrumento.

Voos só em abril de 2021

No fim do mês de outubro, a Azul Linhas Aérea informou que adiou o retorno dos voos para Vilhena. Suas operações na cidade só devem acontecer em abril de 2021, após a conclusão das obras na cerca.

O DER aceitou a solicitação da companhia (sobre reformar a cerca) e entrou com pedido ao governo do estado para fazer as alterações no aeroporto Brigadeiro Camarão.

O coordenador de Infraestrutura Aeroportuária do DER, Eduardo Fernandes, explicou à Rede Amazônica que a empresa contratada para realizar as obras no aeroporto tem prazo de 180 dias para concluir as alterações.

Assim que retomar os voos, a Azul informou que planeja as operações com jatos da Embraer E195, com capacidade para 118 passageiros. A aeronave substitui as ATR 72-600, com 70 assentos. 

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