De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a primeira estimativa para a produção agrícola do Brasil em 2024 indica um total de 308,5 milhões de toneladas de grãos, cereais e leguminosas. Essa projeção representa uma diminuição de 2,8%, ou 8,8 milhões de toneladas a menos, em comparação com a estimativa de 317 milhões de toneladas para o ano corrente, conforme revelado pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado recentemente.
O declínio projetado para 2024 é impulsionado, sobretudo, pela previsão de redução nas safras de soja, com uma diminuição de 1,3% (equivalente a 2 milhões de toneladas a menos), e de milho, com uma queda de 5,6% (ou 7,3 milhões de toneladas a menos). Tanto a soja quanto o milho também devem registrar uma redução nas áreas colhidas, com uma queda de 0,6% e 0,4%, respectivamente.
Carlos Barradas, pesquisador do IBGE, explicou que o excesso de chuvas no Sul e a seca no Norte estão impactando o plantio da nova safra, o que pode acarretar atrasos na colheita e no plantio da segunda safra, gerando maior insegurança climática. Por outro lado, a produção de arroz é prevista para ter um aumento de 2,5%, acompanhado por um acréscimo de 4,5% na área colhida.
No ano de 2023, conforme o LSPA de outubro, a produção agrícola atingiu o recorde de 317 milhões de toneladas, registrando um aumento de 20,6% em relação ao ano anterior. Este crescimento expressivo foi impulsionado por um aumento significativo na produção de soja (27%) e milho (19,5%), apesar da queda na produção de arroz em 4%.
