Nesta segunda-feira (24), servidores federais da área de meio ambiente iniciaram uma greve que deve se estender até o dia 1º de julho, abrangendo 21 estados. Entre os primeiros a paralisar suas atividades estão Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte, com servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em Brasília também aderindo ao movimento. Rondônia se unirá à greve a partir de 1º de julho, reforçando o movimento nacional.
O movimento grevista é liderado pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional) e inclui funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Serviço Florestal Brasileiro e do MMA. A greve ocorre após seis meses de negociações infrutíferas com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), com a proposta governamental sendo rejeitada por 100% das assembleias locais da Ascema.
Os servidores ambientais já haviam suspendido atividades de fiscalização, licenciamento e operações de campo desde janeiro, mas a greve nacional amplia a paralisação para todas as áreas, incluindo serviços administrativos. Segundo Cleberson Zavaski, presidente da Ascema, a falta de interesse do governo em reestruturar as carreiras prejudicará os resultados das atividades e trará prejuízos para os setores regulados. A principal demanda dos grevistas é a equiparação salarial com outras carreiras de responsabilidade e complexidade semelhantes, como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).